O Ministério Público de Goiás (MPGO), pediu perdão judicial, à Justiça, ao pai do menino Eliseu Eugênio Kraemer, de 11 anos, morto por tiro acidental em 27 de maio, em Formosa. O homem de 41 anos havia sido indiciado no dia 22 de junho.
A partir do inquérito policial, o promotor de Justiça Douglas Chegury observa que, embora a falta de precaução do pai ao manusear a arma, “deve-se levar em conta o fardo moral eterno decorrente da responsabilidade pela morte da vítima”.
O inquérito informou que as provas mostram que o tiro foi acidental e que o pai não teve intenção de matar o filho. Ele ainda é atirador esportivo e tem autorização para posse de algumas armas de fogo.
Dessa forma, o promotor, da 3ª Promotoria de Formosa, sustentou que o reconhecimento antecipado do perdão judicial é a melhor solução para o caso, tendo em vista os princípios da dignidade da pessoa humana. Com isso, ele requereu o arquivamento do inquérito policial.
O acidente
Na noite do crime, o pai buscava vender um revólver calibre 22, que recebeu em sua casa. Porém, dentro do estojo do revólver também havia uma espingarda calibre 12, municiada e sem o acionamento da tecla de travamento.
Assim, ao retirar a espingarda da caixa, a arma acidentalmente disparou, atingindo Eliseu Eugênio, que brincava a cerca de 1 metro do local. O pai, em desespero, pegou o garoto no colo e saiu correndo pela residência.
O homem o levou até o banheiro, onde a mãe de Eliseu tomava banho. Em seguida, o pai foi até os fundos da casa, pegou a espingarda e atirou em si mesmo. Logo após, ele foi encaminhado para o Hospital Regional de Formos.
Apesar de sobreviver, teve prejuízo estético e de fala. Ele também deixou uma carta pedindo desculpas e dizendo que o ocorrido foi um acidente. Veja:
Fonte: O Hoje.com
Por; Clícia Balbino de Sousa