Por: Clícia Balbino de Sousa
Com informações: Polícia Civil
Conforme informações repassadas a reportagem do Jornal da Terra, a Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio do GIH de Formosa, chefiado pelo Delegado Danilo Meneses, concluiu nesta sexta-feira (24/02), a investigação que apura a morte de FLÁVIO CARNEIRO DE SOUSA.
De acordo com o Delegado Danilo Meneses, No dia (26/01/2023), FLÁVIO chegou à sua casa ao final da tarde, no Setor Jardim Califórnia, com uma pinga na mão.
Ainda segundo o Delegado, FLÁVIO tinha um relacionamento conturbado com sua companheira. Estavam juntos há quase 20 anos, mas relação era marcada por brigas, xingamentos e agressões, além de rompimentos e reconciliações. A vítima costumava agredir a companheira e os filhos.
No dia dos fatos, após fazer uso de bebida alcoólica, FLÁVIO teria se apoderado de uma faca e começou a provocar o filho do casal de apenas 13 anos. Apesar de ter criado e registrado o adolescente, quando bebia FLÁVIO dizia que ele não era seu filho.
FLÁVIO, com uma faca na mão, vai até sua companheira e tenta esfaqueá-la. Na ocasião, a mulher tentou se defender, no entanto, acabou sendo ferida no braço. Ele então dá golpes de faca na bolsa dela.
Depois do ocorrido, FLÁVIO teria se dirigido até o seu filho com uma faca, possivelmente para feri-lo também. Na ocasião, o adolescente apoderou-se de uma faca encontrada no local.
Quando FLÁVIO tenta atingi-lo, o adolescente efetua apenas um golpe na região superior direita do tórax. Amedrontado pelo que fez com o pai, ele foge logo em seguida.
FLÁVIO avisa sua companheira que “o filho dele” teria lhe “furado”, larga a faca e o SAMU é acionado. Ele é socorrido, não resiste aos ferimentos e falece na unidade hospitalar.
A Polícia Civil entendeu haver fortes indícios a apontar que o adolescente agiu em legítima defesa. O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário com a sugestão de arquivamento.
O adolescente vivia em um ambiente conturbado, permeado por agressões e xingamentos. Por várias vezes FLÁVIO foi agredir o adolescente e foi impedido pela mãe.
A Polícia Civil ressalta que a opinião final sobre o ocorrido caberá ao Ministério Público e também lamenta que a situação de violência doméstica tenha chegado a um desfecho tão trágico.