Soldado Tiago White e a arma usada pelo irmão para matá-lo, em Uruaçu — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito confessou ter usado a arma do irmão para atirar nele. A polícia aguarda laudos periciais para finalizar o inquérito. O homem que confessou ter matado o policial militar Tiago White, de 33 anos, teve seu pedido de soltura negado em Uruaçu, no norte do estado, conforme informou a defesa.
Segundo a Polícia Civil, o investigado, irmão da vítima, admitiu ter utilizado a arma do soldado para cometer o crime. A defesa de Alexandre White Rodrigues Araújo alega que se trata de uma tragédia que não reflete sua personalidade. Além disso, argumentou que o suspeito está emocionalmente abalado e ferido fisicamente devido à briga com o PM. “Foi uma tragédia após uma festa de família. Contudo, não reflete a personalidade e o comportamento do acusado. Ele via no irmão uma figura paterna e eram muito próximos”, detalhou o advogado Martiniano Neto.
O crime ocorreu na última quinta-feira (11), durante a celebração do aniversário e da aprovação do policial em um curso da Polícia Militar. Câmeras de segurança registraram o momento em que o soldado foi morto (veja o vídeo abaixo).
Vídeo registra irmão sendo agredido, pegando arma de policial e cometendo homicídio durante festa de aniversário
O delegado responsável pelo caso, Sandro Costa, relatou que os irmãos estavam reunidos com a família e discutiram. Durante a briga, o policial começou a agredir o irmão. As imagens mostram crianças presentes na comemoração tentando impedir as agressões.
Segundo a polícia, durante a agressão, o suspeito ficou inconsciente e cambaleante por alguns minutos. Após recobrar a consciência, o irmão de Tiago entrou na casa, pegou a arma, voltou para a área externa e atirou contra o soldado, que foi atingido.
Foi a esposa de Tiago quem chamou a polícia e o socorro após o marido ser alvejado. À PM, o irmão de Tiago confessou ter usado a arma institucional do soldado, que estava guardada no quarto, para atingi-lo.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o soldado foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O delegado esclareceu que os irmãos sempre tiveram uma boa relação, mas acabaram se desentendendo durante a reunião familiar. A Polícia Civil continua ouvindo testemunhas e familiares do caso. “Quando interroguei o suspeito, ele já havia confessado. A confissão era condizente com as imagens que circularam nas redes sociais. Após homologar o flagrante, a prisão foi convertida em preventiva”, disse Sandro Leal, delegado responsável pelo caso.
Segundo o delegado, os elementos analisados revelarão as personalidades e condutas sociais dos envolvidos. A polícia aguarda os laudos periciais requisitados para concluir o inquérito e verificar se os fatos correspondem à versão apresentada pelo suspeito. “Estamos aguardando o laudo das perícias para concluir o inquérito e verificar se a confissão do autor é coerente com os demais elementos”, informou Sandro Leal.
Fonte: g1.globo.com
Por: Evelin Rodrigues
